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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FOFINHO


domingo, 22 de agosto de 2010

BENITO MUSSOLINI

                              BENITO MUSSOLINI 9º ano


Mussolini nasceu em 1883 e começou por se assumir como militante socialista para, depois da Primeira Grande Guerra, se converter a teses de extrema-direita e criar o Partido Fascista Italiano (1921), portador de uma ideologia autoritária e anti-parlamentar. O seu discurso, em que predominava o elogio da violência como forma de atuação decisiva e privilegiada na política, teve tradução concreta na atividade da sua milícia própria (os Fasci Italiani di Combattimento, que dão, aliás, origem ao nome do partido - fasci significa feixe, tendo o feixe sido um símbolo do poder dos cônsules romanos). É efetivamente no seguimento de uma política agressiva e à margem dos princípios e métodos parlamentares que alcança o poder, depois de uma Marcha sobre Roma (1922) que leva o rei a encarregá-lo de formar governo.

Dirigiu o país durante algum tempo em difícil convivência com o Parlamento, mas assume plenos poderes logo em 1922 e proclama a ditadura três anos mais tarde. O regime que a partir desse momento implanta e fortalece é uma ditadura de partido único, apoiada em fortes milícias próprias, onde o poder parlamentar é substituído por um Conselho Fascista com atribuições meramente consultivas, os sindicatos são dominados por um regime corporativo e os partidos políticos são proibidos. A sua popularidade, granjeada por meio de um discurso populista e demagógico e a imposição da ordem nas ruas, dá-lhe certa estabilidade, apesar das dificuldades econômicas e sociais que o país experimenta.

Na política externa, após uma campanha de conquista contra a Abissínia, pela qual tenta reconstituir um império africano, alinha com a Alemanha hitleriana e o Japão imperial, apesar de saber que a Itália não se encontra em condições de suportar novo conflito; vê-se arrastado, como parceiro menor, para a Guerra Mundial (a segunda do século XX) que estala em 1939 e que irá pôr a ferro e fogo a Europa, a África e a Ásia, terminando com a derrota. Quando esta se aproxima, em plena contra-ofensiva aliada, os militares lançam um golpe de estado que depõe Mussolini, que é encarcerado e algum tempo depois libertado por pára-quedistas alemães. Enquanto os militares colocam a Itália ao lado dos Aliados e os alemães ocupam larga extensão da península italiana, Mussolini tenta manter no norte da Itália uma República Social (a República de Saló, do nome do local onde se instalou), que se aguenta algum tempo artificialmente, de acordo com as exigências da política de guerra da Alemanha. Mussolini não tem aí qualquer pode efectivo, acabando por se ver forçado a tentar a fuga, em condições desesperadas, perante o avanço dos Aliados e dos movimentos de resistência. Serão precisamente resistentes italianos que, em Maio de 1945, pouco antes do suicídio do seu aliado Adolf Hitler, capturar e fuzilar sumariamente, vindo o seu cadáver a ser exposto publicamente e a ser alvo da ira popular.

Representação Política

Representações política e sistemas partidários 8º ano

O sistema democrático representativo consiste, formal e substancialmente, numa organização estatal fundada na existência de partidos políticos, considerados como órgãos de coordenação e manifestação da vontade popular, visto que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido. Efetivamente, os partidos políticos são peças necessárias, senão mesmo as vigas mestras do travejamento político e jurídico do Estado democrático. Aliás, é generalizado o conceito simplista de democracia representativo como Estado de Partidos, ilustrando-se a idéia de que se não pode conceber esse sistema de governo sem a pluralidade de partidos políticos, isto é, sem a técnica do pluripartidarismo. Discute-se no campo doutrinário a verdadeira natureza dos partidos políticos, dividindo-se as opiniões em dois grupos principais: a) dos que defendem a concepção puramente social; b) dos que sustentam a natureza jurídica dos partidos políticos como instrumentos de direito público interno. A primeira corrente sintetiza-se no pensamento de Bluntschli, para quem "Os partidos não são instituições de direito público, nem membros do organismo do Estado, senâo agremiações sociais de fins políticos.” Precisamente, corporações político-sociais, de fundo eminentemente sociológico. A segunda sustenta o entendimento de que partidos políticos são autênticas instituições de direito público interino. Revestem-se do aspecto jurídico formal e condicionam-se à disciplina traçada pelo Estado. Para o tecnicismo radical de Kelsen, "são órgãos destinados à formação da vontade estatal". O Professor Pinto Ferreira, analisando detidamente as diversas correntes do pensamento político no tocante à natureza dos partidos políticos, chega à mesma interpretação integral, dando-nos a seguinte noção genérica, que reúne a dupla natureza social e jurídica. "O partido político é uma associação de pessoas que, tendo a mesma concepção de vida sobre a forma ideal da sociedade e do Estado, se congrega para a conquista do poder político a fim de realizar um determinado programa”. Talvez a melhor forma de resolver a questão seria discutirmos o regime jurídico do Partido Político que teria a orígem e natureza privada, todavia o funcionamento tutelado pelo Estado face o objetivo final do Partido que é a conquista do Governo que é função pública supervisionada pelo Estado daí a hibridez do regime adotado em geral aos partidos políticos. Difícil, senão impossível, é fixar-se uma definição genérica de partido político, visto que tal tarefa se prende sempre a uma determinada posição ideológica ou doutrinária no campo vasto da Ciência Política. Não obstante, certo é que a interpretação integral, reunindo a dupla natureza social e jurídica, harmonizasse com a essência e a forma do sistema democrático. Origem e evolução histórica No que tange à origem o evolução histórica dos partidos políticos, vistos na contextura como se apresentam no panorama do mundo moderno, é pacífico que tiveram eles o seu berço na Inglaterra, nação precursora do constitucionalismo. Conquanto alguns autores pretendam fixar como marco inicial o reinado liberal de Isabel (1558-1603 ), é mais razoável e mais conforme com os dados históricos fixar-se o ano de 1680, quando, segundo a análise substanciosa de Afonso Arinos de Melo Franco, “apareceram em formações mais definidamente políticas os dois grandes que, por tanto tempo, disputariam o poder: os Tories, representantes dos interesses remanescentes do feudalismo agrário e defensores incondicionais das prerrogativas régias, e os Whigs, expressão das novas forças urbanas e capitalistas, que, embora também monarquistas, esposavam os princípios mais liberais sem os quais não se poderiam desenvolver os interesses novos que representavam”. Desses dois grupos adversários, pitorescamente denominados Tories e Whigs, surgiram mais tarde, em lineamentos definidos, os dois grande e tradicionais partidos políticos, Conservador e Liberal. Na França, os primeiros partidos políticos formaram no decorrer da nova ordem liberal implantada pela Revolução de 1789. Inicialmente, porém, em forma de associações civis e clubes. A mais importante dessas agremiações foi a Sociedade dos Amigos da Constituição, posteriormente transformada no famoso Clube dos Jacobinos, que reunia deputados e líderes monarquistas, que aderiram ao movimento republicano após a execução do Rei Luiz XVI. Com o consulado Napoleão Bonaparte eclipsaram-se os partidos nascentes, reaparecendo em 1814 sob a égide da Carta Constitucional outorgada por Luiz XVIII. Reuniram-se então as várias correntes dispersas na formação dos dois poderesos partidos, Conservador e Liberal. Na Alemanha, as primeiras formações partidárias datam da Revolução de 1848, também sob as denominações Conservador e Liberal, nos moldes clássicos da política inglesa. Nos Estados Unidos da América do Norte, o primeiro partido esboçou-se logo no seio da Convenção da Filadélfia (1787), onde se estruturaram as bases da União das treze colônias libertadas do jugo inglês, sendo organizado por Jefferson, sob a denominação Partido Democrático. Mais tarde, em 1854, surgiu definitivamente o Partido Republicano. Classificação Analisando essas três concepções destoantes, Mendieta Y Nuñes, Professor da Universidade Nacional do México, em sua excelente monografia Los partidos políticos, após relacionar os diversos tipos de partidos políticos, classificou-os em três modalidades principais: a) partidos direitistas; b) partidos esquerdistas; c) partidos centristas. Conquanto ressinta de bases científicas, classificação mereceu o aplauso dos autores, especialmente do eminente Prof. Pinto Ferreira que a considera sugestiva o original, aduzindo o seguinte comentário: “A existência dos partidos direitistas, esquerdistas e moderados é indiscutível, pois em todo tempo e em todos os países, uma parte da sociedade é conservadora, tradicionalista, enquanto a outro procura a renovação, a mudança, a transformação das instituições em favor das maiorias desvalidas e desamparadas. Dentro destas duas tendências cabem diversas variantes, de tradição, que costumam aparecer como reações no uso do poder público.” Invoca o festejado mestre, para ilustrar a caracterização típica dessa divisão, o exemplo da Inglaterra, em que, o Partido Conservador representa o elemento tradicionalista da sociedade, enquanto o Partido Trabalhista arregimenta as tendências ideológicas esquerdistas, e o Partido Liberal simboliza as tendências econômicas e culturais de centro. Sistemas partidários Com referência às diversas características de sistemas partidários, definidas pelas relações que se estabelecem entro o Estado e os partidos políticos, três concepções se chocam: a) democrática; b) b) marxista; e c) c) fascista. A tese marxista, desenvolvida por Lenin e Stalin, atribui aos partidos políticos uma existência precária e transitória, necessária apenas na fase evolutiva da sociedade, até alcançar o estágio superior da ordem comunista ideal. Completada a evolução, com o aniquilamento completo da ordem burguesa, a abolição da propriedade privada, a suspensão das desigualdades políticas e econômicas, o desaparecimento total da divisão social em classes antagônicas, então, os partidos políticos, mantidos como mal necessário, como elementos naturais das lutas pela transformação social, tendem a desaparecer, como o próprio Estado, que se transformará em simples órgão de administração do patrimônio comum. A terceira orientação é exposta pelo fascimo, resumindo-se na tese do partido único, entrosado com o próprio poder estatal. O Estado unipartidário se impôs com o fascismo italiano e o nazismo alemão, propagando-se com os chamados Estados-novos, e permanece como solução indicada na doutrina neofascista.
              Os partidos políticos brasileiros Os PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS, no tocante à sua natureza jurídica, mantiveram-se desde o Império até a República de 1946 como corporações político-sociais, conservando a natureza jurídica de associação civil, sem uma regulamentação estatal própria. Nessa condição, falharam em quase todas as épocas decisivas da nossa vida constitucional, notadamente em 1930, 1934, 1937, 1945, 1961 ... culminando com o seu desprestigio total em 1964. A Constituição de 1988 consagrou definitivamente o sistema democrático do pluripartidarismo, assegurando a liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. Os limites dessa liberdade situam-se no resguardo da soberania nacional, do regime democrático, do pluripartidarismo e dos direitos fundamentais da pessoa humana (art. 17 da CF). Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, e registrarão seu estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, § 2o, da CF). No Brasil, os dois primeiros partidos, também sob a denominação clássica de Conservador e Liberal, surgiram na fase final da Regência Trina, durante a legislatura de 1838. Ainda durante o Império, foi constituído o vigoroso Partido Republicano (1870), o qual, recebendo a influência da chamada “política dos governadores”, desdobrou-se em agremiações políticas provinciais, destacando-se as duas correntes de maior pujança, que foram os famosos Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Como se vê, de modo geral, os primeiros partidos políticos, na história do constitucionalismo, representaram as tendências conservadoras e liberais da sociedade. O socialismo revolucionário, nas diversas nuanças criou os extremismos partidários, da esquerda e da direita, passando os partidos tradicionais democráticos a se definirem em posições centristas, com maior ou menor tendência conservadora ou renovadora em relação aos extremos, procurando conciliar a ordem democrática, com as verdades parciais das doutrinas coletivistas.
                      O ANALFABETO POLÍTICO “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não deve , não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais” (BERTHOLD BRECHT, escritor e dramaturgo alemão)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que são valores?

O que são valores?


1. Quando decidimos fazer algo, estamos realizando uma escolha. Manifestamos certas preferências por umas coisas em vez de outras. Evocamos então certos motivos para justificar as nossas decisões.

2. Fatos e valores

Todos estes motivos podem ser apoiados em fatos, mas têm sempre implícitos certos valores que justificam ou legitimam as nossas preferências.

Exemplo:

O dia 18 de Março de 2009 é o dia mais importante da semana, era domingo.

Fato: O dia de 18 de Março de 2009 foi efetivamente um domingo.

Valor implícito : O domingo como o dia mais importante da semana.

3.Fato

Um fato é algo que algo que pode ser comprovado, sobre o qual podemos dizer que a afirmação é verdadeira ou falsa. Os fatos são igualmente susceptíveis de gerarem consensos universais.

4. Valor

Podemos definir os valores partindo das várias dimensões em que usamos:

a) os valores são critérios segundo os quais valorizamos ou desvalorizamos as coisas;

b) Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas ações, tornando-as preferíveis a outras.

Os valores reportam-se, em geral, sempre a ações, justificam-nas.

Exemplo: Participar numa manifestação a favor do povo timorense,pode significar que atribuímos à Solidariedade uma enorme importância. A solidariedade é neste caso o valor que justifica ou explica a nossa ação.

Ao contrário dos fatos, os valores apenas implicam a adesão de grupos restritos. Nem todos possuímos os mesmos valores, nem valorizamos as coisas da mesma forma.

5. Tipos de valores

Os valores não são coisas nem simples ideias que adquirimos, mas conceitos que traduzem as nossas preferências. Existe uma enorme diversidade de valores, podemos agrupá-los quanto à sua natureza da seguinte forma:

Valores éticos: os que se referem às normas ou critérios de conduta que afetam todas as áreas da nossa atividade. Exemplos: Solidariedade, Honestidade, Verdade, Lealdade, Bondade, Altruísmo...

Valores estéticos: os valores de expressão. Exemplo: Harmonia, Belo, Feio, Sublime, Trágico.

Valores religiosos: os que dizem respeito à relação do homem com a transcendência. Exemplos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.

Valores políticos: Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade.

Valores vitais: Saúde, Força.

6. Hierarquização dos Valores

Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.

Exemplo:

A maioria da população mundial continua a passar graves carências alimentares. Todos os anos morrem milhões de pessoas por subnutrição. Não é de querer que hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfação das suas necessidades biológicas não esteja logo em primeiro lugar.

7. Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar-se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a generosidade à mesquinhez. A palavra valor costuma apenas ser aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o ato de estima positiva ou negativamente. Valor é tanto o Bem, como o Mal, o Justo como Injusto..



A Ascensão do Fascismo e do Nazismo

A Ascensão do Fascismo e do Nazismo 9º ano


O período do entre - guerras (1919-1939) foi a época do descrédito e da crise da sociedade liberal. Essa sociedade, agora desacreditada, havia sido forjada no século XIX, com a afirmação do capitalismo como sistema econômico "perfeito". Na segunda metade deste século, o mundo absorvia os progressos da segunda fase da Revolução Industrial cujo auge se situa entre 1870 e 1914. O imperialismo e colonialismo europeu deram aos principais países desse continente a hegemonia do mundo e, por isso, uma ótica de encarar o futuro de forma entusiástica e otimista.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), pólos de poder acabaram (Alemanha, Inglaterra, França, Rússia, etc.). Na América, os Estados Unidos, com sua economia intacta, se tornaram os "banqueiros do mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o Japão se industrializara se tornou imperialista e aproveitou o conflito mundial para estender seu poderio na região.

Na descrença dessa sociedade pós-guerra, os valores liberais (liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram a ser colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos para fazer frente a crise econômica capitalistas que empobrecia cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os valores liberais: a classe média.

Concomitantemente, as várias crises provocaram o recrudescimento dos conflitos sociais e, o mundo assiste imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário já havia se cindido entre socialistas ou social-democratas (marxistas que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram à prática político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados por frações que se destacaram do movimento operário seguindo os métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esse dois grupos eram antagônicos.

Toda a euforia e otimismo foi substituído por um pessimismo que beirava o descontrole após a guerra. Esse pessimismo era sentido entre os intelectuais de classe média, e se manifestou principalmente no antiplarlamentarismo, no irracionalismo, no nacionalismo agressivo e na proposta de soluções violentas e ditatoriais para solucionar os problemas oriundos da crise.

Os países mais afetados pela política social-democrata foram a Alemanha (derrotada), a Itália (mesmo vitoriosa, insatisfeita com os resultados da guerra) onde, a crise se manifestou de forma mais violenta. Nesses países o liberalismo não conseguira se enraizar. Ambos possuíam problemas nacionais latentes, por isso, a formação de grupos de extrema-direita, compostos por ex-militares, profissionais liberais, estudantes, desempregados, ex-combatentes, etc., elementos que pertenciam a uma classe média que se desqualificava socialmente e eram mais sensíveis aos temas antiliberais, nacionalistas, racistas, etc.

Na Itália, Mussolini e na Alemanha, Hitler formavam organizações paramilitares que utilizavam a violência para dissolver comícios e manifestações operárias e socialistas, com a conivência das autoridades, que viam no apoio discreto ao fascismo um meio de esmagar o "perigo vermelho", representado por organizações de extrema-esquerda, mesmo as moderadas como os socialistas.

De início, esses grupos que eram mais ou menos marginalizados se valiam de tentativas golpistas para a tomada do poder como foi o caso do "putsh" de Munique, dado pelo Partido Nazista na Alemanha.

À medida que a crise se aprofundava e o Estado não a debelava assim como se mostrava incapaz de sufocar as agitações operárias, essas organizações fascistas e nazistas viam aumentar seus quadros de filiação partidária. Os detentores do capita passaram a financiar essas organizações de direita, vendo na ascensão delas um meio de esmagar as reivindicações da esquerda e a possibilidade de se posta em prática uma política imperialista no sentido de abertura de novos mercados. Por essa atitude dos capitalistas entende-se porque tanto Mussolini quanto Hitler chegaram ao poder por vias legais.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

MOMENTOS FELIZES!!!!


terça-feira, 4 de maio de 2010

MOMENTOS FELIZES!!!!


quinta-feira, 4 de março de 2010

ENSINO RELIGIOSO 8º E 9º ANO

A EXPERIÊNCIA RELIGIOSA E O COMPORTAMENTO HUMANO
Carlos Roberto Brandão5
Eusa Reynaldo da Silva6

As tradições religiosas têm poder de influências na vida de seus seguidores, tanto em nível pessoal como na vivência coletiva. As crenças religiosas direcionam os comportamentos humanos como: o modo de falar, de se alimentar, de praticar o lazer, de se vestir e outras dimensões da vida. A experiência religiosa é sempre pessoal, ocorre no íntimo de cada pessoa mesmo nos momentos coletivos de celebrações, cultos, missas, festas culturais religiosas e outros. Assim, toda experiência religiosa é ao mesmo tempo individual e coletiva e por mais que seja ligada a um grupo social, pode ser observada por meio dos comportamentos individuais.

Compreende-se então que a experiência religiosa manifesta-se por comportamentos exteriores que revelam atitudes interiores, o que constituem o conjunto daquilo que se pode chamar de fenômeno religioso. Por Fenômeno Religioso entende-se o processo de busca que o ser humano realiza na procura de Transcendência que se traduz por atitudes e costumes, nos quais pode-se observar tanto a manifestação religiosa quanto a sua significação.

As tradições religiosas influenciam o modo da sociedade se organizar, como exemplo as festas religiosas de diferentes povos:

Na tradição islâmica o Ramadan (Jejum), no nono mês do calendário islâmico, é um tempo de jejum que dura um mês lunar, começa de manhã antes de nascer do sol e vai até o cair da noite. Neste período não se pode comer, beber, fumar e nem aspirar algum perfume: todos os sentimentos dever ser profundamente modificados;

No judaísmo o Rosh Há-Shaná, marca o começo do ano religioso judaico, que dá início a um período de dez dias de penitência após o Ano Novo, termina com o “Yon Kipur”, o dia do perdão. Nesse dia, as celebrações da sinagoga duram o dia inteiro, contém a confissão dos pecados, as súplicas para obter a misericórdia de Deus e os rituais que o Sumo Sacerdote celebrava no Templo.

A Páscoa dos cristãos, celebrações conhecidas popularmente na tradição católica como “Semana Santa”, precedida por um período de 40 dias denominado “quaresma”, um tempo de jejum e penitências em preparação às celebrações da páscoa que é a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, fundamento da fé cristã. Outras influências são as celebrações religiosas por motivos dos dias santos na tradição cristã católica No Hinduísmo as festas são inúmeras (mais de quatrocentas ao ano), dentre elas temos a que celebra a primeira colheita de arroz e celebra também os animais domésticos, no sul da Índia, em janeiro.

Outra festa celebrada é em honra a Krishna, que anuncia a chegada da primavera. Durante esta festa, os fiéis se aspergem com poeira e água vermelha, simbolizando o sangue novo que deve correr nas veias.

Na cultura afra brasileira a festa da Iemanjá, orixá feminino do mar celebrada no dia 2 de fevereiro em diversas cidades do Brasil, dentre elas, a da paria do Rio Vermelho, em Salvador – BA. O rito sagrado, antes reservado só a comunidade, tornou-se público em 1923 e, hoje reúne cerca de 200 mil pessoas.

Na cultura indígenas vários rituais acontecem em ritmo de festas: no povo Karajá tem-se a passagem da criança para fase adolescente ( jyre ) e o rito aruanã para receber o espírito do bem, a fim de que a aldeia viva na paz e harmonia. Outro ritual integrante da cultura dos povos indígenas é a celebração da abundância da caça e pesca, garantia de alimento, equilíbrio e a continuidade da convivência entre o povo indígena e a natureza.

A sociedade por sua vez, também influencia o modo das religiões se organizarem. Há uma influência mútua nessa relação. Observa-se como exemplo: a utilização das novas tecnologias de comunicação e informação que foram introduzidas nas celebrações e divulgações das doutrinas religiosas. A influência social nos segmentos religiosos em vários aspectos como: vestuário; alimentação; a valorização da mulher; a abertura para constituição familiar entre diferentes culturas religiosas (união matrimonial); aceitação de políticas públicas em relação aos cuidados com a vida

As influências da tradição religiosa no comportamento humano e na estruturação da sociedade ocorrem desde o início da humanidade em um processo cultural de mútuas relações determinando os modos de vida pessoal e coletiva. Conhecer esta inter-relação segmento religioso comportamento humano e estruturação da sociedade contribuem para o respeito, a aceitação das diferenças e a construção do cidadão crítico.


Atividades:

1 – As tradições religiosas têm poder de influências na nossa vida?

2 – O que entendemos por Fenômeno Religioso?

3 – O que é o Ramadan?

4 - Como é celebrada a festa em honra a Krishna?

5 – Como acontece os rituais indígenas do povo Karajá?

6- Marque o certo:

a) (  ) A sociedade influencia o modo das religiões se organizarem. Há uma influência mútua nessa relação.

b) ( ) Somente a sociedade Indígena influencia o modo das religiões se organizarem.

c) ( ) As influências da tradição religiosa no comportamento humano e na estruturação da sociedade ocorrem desde o início da humanidade em um processo cultural de mútuas relações determinando os modos de vida pessoal e coletiva.

d) ( ) Nenhuma das alternativas estão corretas.










MOVIMENTOS MESSIÂNICOS 9º ANO

Juazeiro
A Revolta ou Sedição de Juazeiro foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearenses e o governo federal provocado pela interferência do poder central na política estadual nas primeiras décadas do século XX. Ocorreu no sertão do Cariri, interior do Ceará, e centralizou-se em torno da liderança do padre Cícero Romão Batista.

Após a revolta, padre Cícero sofreu retaliações políticas e foi excomungado pela Igreja Católica no final da década de 1920. Entretanto, permaneceu como eminência parda da política cearense por mais de uma década e não perdeu sua influência sobre a população camponesa, que passou a venerá-lo como santo e profeta. Em Juazeiro do Norte, um enorme monumento erguido em sua homenagem atrai, todos os anos, multidões de peregrinos.


Origem

Com o intuito de conter seus opositores, o presidente Hermes da Fonseca criou a política das salvações que consistia em promover intervenção federal nos estados evitando que oposicionistas fossem eleitos para o governo estadual. O marechal Hermes da Fonseca decidiu intervir no Estado do Ceará com objetivo de neutralizar o poder das oligarquias mais poderosas da região, que estavam sob controle do senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado, um político com muita influência sobre os coronéis do Norte e Nordeste brasileiro.
Eleito prefeito de Juazeiro em 1911, padre Cícero envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter no poder regional a família Acioly. Em 1912, a intervenção federal no Ceará derrubou do poder a família Acioly, sendo nomeado interventor o coronel Marcos Franco Rabelo, havendo eleição apenas para o cargo de vice-governador, onde o padre Cícero Romão Batista foi eleito, acumulando também o cargo de prefeito de Juazeiro do Norte. Naquela época, o padre Cícero era conhecido por todo sertão nordestino por ser considerado um homem santo e "fazedor de milagres". Chamavam-no de "Padim Ciço".


Em 1914 Franco Rabelo rompeu com o Partido Republicano Conservador (PRC), e iniciou uma perseguição a Padre Cícero, destituindo-o dos cargos que exercia e ordenando a prisão do sacerdote.
O deputado federal Floro Bartolomeu, aliado de Pinheiro Machado, montou um batalhão para defender Padre Cícero, seu amigo pessoal. O grupo era formado por jagunços e romeiros, era a união da força de Floro com o carisma de Cícero.

Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.

Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, justamente por ser uma região de disputas limítrofes entre os dois estados brasileiros



Guerra de Canudos
Contexto histórico

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Ele teve a duração de quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

                                                                     beato Cselheiro
Liderança de Antônio Conselheiro

O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.
Santa Dica, a messiânica revolucionária de Goiás.


SANTA DICA

Afinal quem foi Dona - ou Santa - Dica, esta personagem messiânica, totalmente ignorada na história oficial, mas que teve uma presença forte ao menos durante 20 anos na vida de Goiás.

Benedita Cipriano Gomes quando tinha apenas 13 anos já sentiu manifestarem-se seus dons proféticos e milagrosos, atraindo ao pequeno povoado de Lagoa (hoje Lagolândia), onde nasceu, um número cada vez maior de peregrinos que passaram a vê-la como Santa.

A menina Dica, roceira de rara beleza, vinda de uma família de camponeses, tornar-se-ia líder do único movimento messiânico do Centro-Oeste. Em apenas dois anos (1923-1925) o povoado de Lagoas se firmou como comunidade e Santa Dica, em pouco, se tornou forte influência política da região - como aconteceria com Antônio Conselheiro em Canudos e os monges na região do Contestado.

Às margens do Rio dos Peixes - chamado de Rio Jordão "por ser milagroso" - a menina Dica realizou suas primeiras curas e transmitiu a seu povo o "recado dos anjos". Ali, desde as primeiras horas da luz do dia, a comunidade formava um mutirão na terra ao som de cânticos de trabalho.

Para garantir-se a subsistência e a segurança, a partir de suas necessidades, pregava-se no reduto a igualdade, a luta pela abolição dos impostos e a distribuição de terras sob o lema "A terra é de Deus".

Pela sua condição de líder, Santa Dica passou a ser utilizada nos primeiros tempos pelos chefes políticos da região. O seu poder e a evolução de sua comunidade, porém, despertaram atenções e causaram preocupações à classe dominante. Crescia o desejo de independência de Dica e sua comunidade, e os peregrinos sentiam-se seguros com a profetisa adolescente. Assim a comunidade foi orientada pelas resoluções de Santa Dica, que seriam tomadas a partir de seus "encontros" com os anjos, durante seus transes. Após uma dessas "conferências", ela resolveu organizar os camponeses, formando o exército do povo, e os dirigentes através da ordem "pé-com-palha, pé-sem-palha", solução que encontrou, colocando uma palha de milho num dos pés de cada um, pois ninguém sabia o que era direita, esquerda.

Em 1924, por ordem do governador de Goiás, Miguel da Rocha Lima, o comandante da Polícia Militar convocou Santa Dica a reunir voluntários, com a missão de interromper a entrada da Coluna Prestes - que se dirigia a Bolívia - pelo Estado de Goiás. Ela seguiu, levando aliados da Polícia Militar que também estavam sob seu comando, em direção a Anápolis, por onde passaria o grupo liderado por Siqueira Campos. O encontro se daria na segunda noite de espera. Santa Dica, deslocada da tropa, é pega de surpresa pelas tropas de Siqueira Campos, que já a conhecia de fama. Acabaram fazendo uma aliança, porém sob as vistas de um soldado que desertou e se deslocou à Capital para transmitir o ocorrido.

Quando Santa Dica retornou ao reduto da Lagoa, seu povo foi desarmado e a Polícia Militar seguiu para a Capital. Em seguida, chegou ao reduto um coronel da Polícia Militar de Jaraguá, com a intenção de investigar os acontecimentos, além de testar os poderes da messiânica líder. Durante os "transes" ele lhe enfiava alfinetes e a queimava com cigarros acesos, sem que ela manifestasse dor. Manuelzinho Careado, braço direito de Dica, desconfiou daquele estranho e o expulsou. O coronel então, começou a incentivar os latifundiários da região para que o governo interviesse e tomasse medidas imediatas contra o reduto de Santa Dica - antes que ali se registrasse "um novo Canudo”.

Numa madrugada de 1925, um batalhão da PM cercou Lagoas, disparando as metralhadoras. O tiroteio durou 2 horas e quarenta minutos e ao amanhecer Santa Dica conduziu a comunidade na travessia do Rio Jordão, naquela época muito cheia devido às chuvas. Na forte correnteza, velhos inválidos e crianças se jogaram, sendo arrastados pelas águas. No relatório da polícia ficou escrito que "todos havia se afogados". Mas os dias passavam e não apareciam os corpos. Vasculhou-se a região e foram encontrados os peregrinos sobreviventes. Todos foram levados à cadeia na cidade de Goiás Velho, onde permaneceram, junto com Santa Dica, nove meses, presos sem julgamento.

O potiguar Mário Mendes, repórter do "Correio da Manhã", se interessou pelos fatos - que tiveram pequenos registros na imprensa carioca e foi para Goiás, integrando-se tanto na questão que se tornaria defensor de Santa Dica em seu julgamento. Absolvida, ela foi expulsa do Estado, considerada persona non grata. Foi com Mário Mendes para o Rio de Janeiro (sem confirmação, fala-se de que teria chegado a São Paulo e ali conhecido a pintora Anita Mafaldi, do movimento modernista). Mais tarde, solicitou ao governador Brasil Ramos Caiado, que havia assumido em 14/07/1925, autorização para retornar a Goiás. Junto veio Mário Mendes, que acabou sendo eleito prefeito de Pirenópolis, graças principalmente à influência que Santa Dica exercia.

Com a revolução de 1930, Santa Dica foi intimada pelo governador de Goiás e colaborar com o Estado apoiando o governo de Washington Luís. Mas, nesta época, sofria já a influência do ambicioso marido. Posteriormente, voltaria ao reduto da Lagoa recomeçando suas atividades místicas e o trabalho da terra com a comunidade.

Na revolução constitucionalista de 1932, teve nova participação. Com patente de Capitão (nestas alturas tinha 23 anos de idade), apoiou Getúlio Vargas. Formou uma companhia de 150 homens autorizados a usarem fardas do exército e que se incorporaram ao Departamento Manoel Ravello em operações de guerra do batalhão goiano "Siqueira Campos", acantonado em Uberlândia, Minas Gerais.

A partir dos anos 30, Santa Dica se dedicaria especialmente ao lado do curandeirismo. Em 1937, Mário Mendes, por intriga dos latifundiários, foi deposto da Prefeitura de Pirenópolis - e viveria no anonimato até 1963, quando morreu de velhice. Santa Dica faleceria 17 anos depois, em 9 de novembro de 1970 - tão pobre como sempre foi. A seu pedido, está enterrada em frente à sua casa em Lagoa, debaixo de uma velha gameleira.





terça-feira, 20 de outubro de 2009

CIVILIZAÇÃO ROMANA

ATIVIDADES
1-  Onde Surgiu a  civilização romana e quais seus principais povoadores?
2-  No período da Monarquia, a sociedade romana era dividida em: 
3- O período da República em Roma foi marcado porquê?
4- Explique a Lei das Doze Tábuas.
5-Explique a Lei Canuléia.
6- Explique a Lei Licínia.
7- Qual a principal causa das Guerras Púnicas?
8- Quais as conseqüência destas conquistas militares em Roma?
9- Explique o que foi a  Paz Romana.


ROMA
A civilização romana foi uma das mais importantes, uma vez que influenciou definitivamente o mundo ocidental. A civilização surgiu na Península Itálica, entre os mares Tireno e Adriático. Os principais povoadores da região foram os italiotas, povos vindos da Europa Central; os etruscos, povo que se sabe pouco sobre eles; e gregos, que formaram a Magna Grécia. A história de Roma é dividida em Monarquia, República e Império.

Monarquia (753ª 509 a.C.)

Nos primeiros cem anos da Monarquia, Roma era apenas uma pequena aldeia. Com a conquista dos etruscos, ocorreu uma rápida modernização da cidade. No período da Monarquia, a sociedade romana era dividida em:
- Patrícios: grandes proprietários de terras e escravos, privilegiados e detentores de direito político.

- Plebeus: pequenos proprietários e comerciantes, eram livres, mas não participavam da vida política.

- Clientes: prestavam serviços aos patrícios e em troca recebiam proteção e benefícios de cunho econômico.

- Escravos: prisioneiros de guerra sem direito algum.

Neste período, Roma era governada por um rei, chefe militar e religioso supremo com cargo vitalício; pelo Senado, reunião dos chefes das famílias patrícias que elaboravam as leis e limitavam as ações do rei; e pela Assembléia Curiata, formada por todos os patrícios adultos e que discutia e votava as leis elaboradas pelo Senado.
República (509 a 27 a.C.)


Na República, o lugar do rei foi ocupado por uma série de altos funcionários, os magistrados. O Senado passou a ser então, o principal órgão político de Roma.
O período da República foi marcado pela constante disputa dos plebeus por melhores condições de vida e por terem privilégios e direitos semelhantes aos dos patrícios. Embora constituíssem a maioria da população, os plebeus não tinham direitos políticos, não podiam casar com os patrícios, além de se tornarem escravos quando não pudessem pagar suas dívidas.
Como uma reação a essa situação, os plebeus retiraram-se de Roma para fundar uma nova cidade. Como a maioria da população era formada por plebeus, os patrícios se viram obrigados a ceder e atender às suas reivindicações, através das leis: - Lei das Doze Tábuas: conjunto de leis gravadas sobre pranchas de bronze e expostas publicamente, já que as leis eram transmitidas oralmente apenas aos patrícios. - Lei Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios. - Lei Licínia: proibia a escravidão por dívida.
Os romanos tinham um exército grande e organizado, por isso realizaram grandes conquistas militares. As Guerras Púnicas ( 264-146 a.C.) tiveram como principal causa a disputa pelo controle comercial do Mediterrâneo entre Roma e Cartargo, uma antiga colônia fundada pelos fenícios no norte da África. Após constantes combates, os romanos saíram vitoriosos em 146 a.C.
Roma passou a dominar uma extensa região, intervindo na Macedônia, na Grécia, em vários reinos da Ásia Menor e no Egito. Como conseqüência destas conquistas militares, podemos citar o crescimento do comércio romano, o contato com a cultura de muitas regiões, além do crescimento da economia.
No final do período da República, se via uma grande diferença na sociedade romana: de um lado, a massa de plebeus pobres e miseráveis; de outro, a nobreza sustentando luxos. Diante dessa situação, os irmãos Tibério e Caio Graco, tributos da plebe, tentaram uma reforma agrária, propondo a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. A proposta não foi aceita pelo Senado e os irmãos Graco acabaram sendo assassinados.
Com a morte de Tibério e Caio Graco, um clima de desordem e agitação tomou conta nas cidades romanas. Isso fez com que diversos chefes militares lutarem pelo poder. primeiramente a ascensão de Mário e Sila, sucedidos pelo Triunvirato de Crasso, Pompeu e Júlio César; e pelo Segundo Triunvirato, formado por Otávio, Lépido e Marco Antônio


Império (27 a.C. – 476)


Após vencer Marco Antônio, Otávio assumiu o poder e procurou estabelecer uma relação harmônica com o Senado. Um resultado disso são os vários títulos que os senadores lhe concederam, como: Príncipe (mais importante cidadão do mundo romano), Augusto (divino), Imperador (general vitorioso), etc.
Durante os mais de 40 anos de seu governo, Otávio elaborou políticas que favoreciam tanto os nobres, concedendo aos mesmos os mais altos cargos públicos; e os plebeus, concedendo a eles, terras e até mesmo dinheiro, na chamada política “pão e circo”. O resultado do governo de Otávio foi um longo período de paz e prosperidade, conhecido como Paz Romana. Nessa época, houve um grande desenvolvimento urbano através da construção de diversas obras de infra-estrutura, como aquedutos, esgotos, estradas, etc.
Entre os anos de 14 e 235, Roma se transformou na capital do mundo, ou seja, o Império viveu seu apogeu neste período. Durante esse período, o Império Romano foi governado por quatro dinastias de imperadores:

- Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;

- Dinastia Flávia (69-96): imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano;

- Dinastia Antonina (96-192): imperadores Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, Marco Aurélio e Cômodo;

- Dinastia Severa (196-235): imperadores Sétimo Severo, Caracará Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre.







quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PERIODO COLONIAL


ATIVIDADES 7º ANO
1-A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo. Explique o que é eurocentrismo.
2-O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos.Para que os índios explorassem o pau-brasil, o que os portugueses fizeram com eles?
3- Quem era os corsários e o que faziam?
4-Explique qual era o medo que a Coroa Portuguesa tinha.
5- Defina Colonização.
6- As dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. Quais eram?
7- Quem eram os Donatários e quais eram suas funções?
8- Quais eram os objetivos de Martim Afonso de Souza?

O Período Colonial


A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura européia em detrimento das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses. Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.
Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra. Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da Mata Atlântica.
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos. Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).
Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494). Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal. O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.
Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.
No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
Capitanias Hereditárias 
Introdução
Logo após o descobrimento do Brasil (1500), a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente
Formação das Capitanias Hereditárias
Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Estas enormes faixas de terras, conhecidas como Capitanias Hereditárias, foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.
Estes territórios seriam transmitidos de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho. Fato que explica o nome deste sistema administrativo.
As dificuldades de administração das capitanias eram inúmeras. A distância de Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando. Desta forma, em 1549, o rei de Portugal criou um novo sistema administrativo para o Brasil: o Governo-Geral. Este seria mais centralizador, cabendo ao governador geral as funções antes atribuídas aos donatários. Embora tenha vigorado por pouco tempo, o sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.

 Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários:
 SãoVicente (Martim Afonso de Sousa), Santana, Santo Amaro e Itamaracá (Pêro Lopes de Sousa); Paraíba do Sul (Pêro Gois da Silveira),Espírito Santo (Vasco Fernandes Coutinho), Porto Seguro (Pêro de Campos Tourinho), Ilhéus (Jorge Figueiredo Correia), Bahia (Francisco Pereira Coutinho). Pernambuco (Duarte Coelho), Ceará (António Cardoso de Barros), Baía da Traição até o Amazonas (João de Barros, Aires da,Cunha e Fernando Álvares de Andrade).


Martim Afonso de Souza  tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 7 DE SETEMBRO


1- Quando começa o processo de Independência do Brasil?
2- A instalação da Corte portuguesa no Brasil, em 1808, contribuiu para quê?
3- A partir de 1821, as Cortes Constituintes- o Parlamento Lusitano tomaram decisões contrarias aos interesses brasileiro. Quais foram essas decisões?
4- Explique o que foi o "Dia do Fico".
5- Explique o que foi Revolução do Porto, em 1820.
6- Explique a espressão,"Independência sem revolução" .

A separação política entre a colônia do Brasil e a metrópole portuguesa foi declarada oficialmente no dia 7 de setembro de 1822.
O processo de independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se estende até a adoção da primeira Constituição brasileira, em 1824.
Cresce a condenação internacional ao absolutismo monárquico e ao colonialismo. Aumentam as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e o excesso de impostos numa época de livre-mercado e circulação de mercadorias.
A instalação da Corte portuguesa no Brasil, em 1808, contribui para a separação definitiva das duas nações. A abertura dos portos, a elevação da colônia à situação de reino e a criação do Reino Unido de Portugal, e Algarve praticamente cortam os vínculos coloniais e preparam a independência. Com a Revolução do Porto, em 1820, a burguesia portuguesa tenta fazer o Brasil retornar à situação de colônia.
A partir de 1821, as Cortes Constituintes - o Parlamento lusitano - tomam decisões contrárias aos interesses brasileiros, como a transferência de importantes órgãos administrativos para Lisboa. Também obrigam Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar imediatamente a Portugal.
O rei português volta, mas deixa no Brasil o filho Dom Pedro como Regente, para conduzir a separação política, caso fosse inevitável. Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chama Dom Pedro à Lisboa. Mas o príncipe regente resiste às pressões, que considera uma tentativa de esvaziar o poder da monarquia. Forma-se em torno dele um grupo de políticos brasileiros que defende a manutenção do status do Brasil no Reino Unido.
Em 29 de dezembro de 1821, Dom Pedro recebe um abaixo-assinado pedindo que não deixe o Brasil. Sua decisão de ficar é anunciada no dia 9 de janeiro do ano seguinte, num gesto enfático. O episódio passa à História como o Dia do Fico.
Entre os políticos que cercam o Regente estão os irmãos Antonio Carlos e José Bonifácio de Andrada e Silva, e o Visconde de Cairu, José da Silva Lisboa. Principal ministro e conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio luta, num primeiro momento, pela manutenção dos vínculos com a antiga metrópole, resguardando o mínimo de autonomia brasileira.
Convencido de que a separação é irreversível, aceita a independência desde que a monarquia continue. Para ele, o regime monárquico é o único capaz de neutralizar a intervenção portuguesa nas províncias e preservar a unidade político-territorial do país. Fora da Corte, outros líderes liberais, como Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuam nos jornais e nas lojas maçônicas. Fazem pesadas críticas ao colonialismo português e defendem total separação da metrópole.
Em 3 de junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, baixa um decreto considerado inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente.
No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
No início de 1823, realizam-se eleições para a Assembléia Constituinte da primeira Constituição do Império Brasileiro. A Assembléia é fechada em novembro por divergências com Dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo imperador a 25 de março de 1824.
Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo da separação entre colônia e metrópole está concluído. Contra o liberalismo de setores das elites brasileiras, triunfa o espírito conservador e centralizador de José Bonifácio.
"Independência sem revolução" era a expressão usada na época para definir o pensamento do principal conselheiro de Dom Pedro I. Ele pregava a independência sem mudança de regime, ou seja, sem a proclamação da república, e sem nenhuma mudança social importante, como a extinção da escravidão.
Sua frase histórica: "Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!". Em 7 de setembro de 1822, às 16:30hs.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009